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Convite ao jornalismo compartilhado

Convite ao jornalismo compartilhado

publicado por Antonio Martins em 30 de março de 2010 
Original: http://www.outraspalavras.net/?p=938

Corporações e governos planejam proibir a circulação de conhecimentos. Para demonstrar como ela é potente, sugerimos trabalhar à moda do software livre Está confirmado. Um grupo de dezesseis governos debate, a portas fechadas, o ACTA, um acordo internacional que pode restringir as trocas pela internet e o comércio de medicamentos genéricos. Os sites Outras Palavras e Biblioteca Diplô acabam de publicar um texto a respeito. Ele sai, simutaneamente, nas redes sociais Cultura Digital e Ciberativismo. É um começo: quebrar o sigilo, expor à opinião pública a ameaça, ajudará a afastá-la. O caráter opaco com que o ACTA vem sendo tratado não é casual. Procura-se preparar um prato feito, para depois empurrá-lo à opinião pública. Mas estamos propondo ir além, e lançar um esforço colaborativo para compreender mais profundamente, e em seus múltiplos aspectos, o ACTA. Isso pode ser feito de distintas maneiras, entre as quais as seguintes:  
a) Postando novos textos e links em Cultura Digital e Ciberativismo.Ambos os espaços estão abertos ao debate sobre o ACTA e as alternativas a ele. É possível abrir tópicos de discussão, criar blogs, postar textos, áudios e vídeos, criar grupos. Para entrar, basta preencher um formulário simples e curto.
b) Contribuindo para melhorar o texto inicial. A versão que produzimos foi redigida em caráter de urgência, logo depois que pressões da sociedade civil tornaram impossível continuar escondendo o texto em debate. Para melhorar e ampliar este primeiro artigo, queremos abrir um processo de autoria múltipla. Assim como no software livre, o objetivo não é construir uma versão única, mas múltiplas versões complementares. Funciona assim:
Mais que uma exposição inicial sobre o ACTA, o texto é um dossiê bibliográfico. Traz dezenas de links para sites e documentos em que é possível pesquisar as origens da iniciativa, versão atual, repercussões no Brasil, debate das alternativas etc. 
O texto inicial gerou, também, uma versão Google Docs. Para obter a senha, basta escrever para antonio@outraspalavras.net. 
O uso da versão Google Docs é opcional. A vantagem é permitir que diversos co-autores acrescentem, corrija e aperfeiçoem partes do texto, simultaneamente ou não;
Qualquer co-autor pode usar a versão inicial, incluir ou modificar algo e republicar, em seu próprio nome. A única contrapartida exigida é: também esta nova versão deve permanecer pública e aberta a novas modificações e autorias. No momento em que alguns pretendem eliminar ou capturar a comunicação compartilhada, nada melhor, para defendê-la, do que torná-la cada vez mais efetiva e potente.

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