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Ética e Redes Sociais

Por Sarah Mascarenhas

Atualmente muito se discute sobre o papel das redes sociais no cotidiano do homem e nota-se claramente a sensação de sentir-se alguém especial quando sua lista de contatos está cheia ou suas mensagens estão sendo replicadas ciberespaço à fora. O que deixa a preocupação do quão exposto se fica ao disponibilizar para o mundo todo, seu perfil completo. De dados pessoais a preferências, lugares que frequenta e muito mais. Ultimamente o que se questiona é a criação ou não de um código de ética para usuários de blogs e redes sociais. Um blogueiro deve ser cobrado como se  faz com um jornalista? Como podemos estar mais seguros ao navegar pela web? Ainda temos o controle de nossas vidas?

Estas perguntas ainda não tem reposta bem definida mas estudiosos de comunicação, sociologia, filosofia tem se mantido concentrados no poder que a democratização de informação e a liberdade de expressão e acesso trazidos pela internet tem na mão de todo e qualquer individuo que subestime o uso das ferramentas da  era da informação.

Inúmeros casos, das mais diversas origens se consagraram pelas polêmicas que causaram no mundo real. Desde as famigeradas pulseirinhas coloridas de silicone até  mobilização solidária em favor das vítimas do haiti, campanha política no irã, demissões por má conduta na internet à invasão total da vida de pessoas que subutilizaram mídias sociais como orkut e facebook,  enfim, a seguir confira alguns casos:

O Brasil é considerado um o país com maior índice de aceitação das redes virtuais. Já não é mais novidade que os brasileiros dominaram o famoso Orkut e que já estão em plena invasão do twitter (rede de miniblogs) e facebook (a maior rede social do mundo). Um caso interessante é o de Lilian Ferrari produtora cultural faz parte de 21 redes sociais. Teve sua vida invadida quando precisou contratar quarenta educadores para duas exposições no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Foi atrás de indicações,para isso enviou um e-mail para os amigos. A mensagem se alastrou e sua vida passou a ser vasculhada em seu blog, no Facebook, no Orkut e no Twitter por candidatos às vagas. No Orkut, Liliane começou a receber 300 recados por hora.

Em matéria no site vejaonline, o antropólogo Robin Dubar diz que com o numero de amigos que as pessoas mantém em suas listas nas redes sociais, é impossível manter contato com todos eles. Ainda afirma que na era paleolítica quando o homem desenvolvia linguagem oral, seus círculo social também aumentava, e concluí ao dizer que desta forma estamos nutrindo relações superficiais. Aristóteles afirmava que as verdadeiras amizades deviam ser cultivadas por longo período de tempo, que era necessário comer sol junto a alguém para considerá-la amigo de fato.

Outra discussão sobre ética nas redes sociais é justamente a questão trabalhista. Alguém pode ser demitido por má conduta no orkut? Existem diversos casos em que funcionários foram demitidos por dizer o que não devia pelos murais virtuais do mundo virtual. Além de histórias onde funcionários que foram demitidos haviam deixado escapar informações sigilosas, ou difamavam seus patrões.

O que choca é a utilização das redes sociais para verificar se um candidato a vaga de emprego é ou não uma pessoa equilibrada e honesta. Muitas empresas vasculham paginas de futuros empregados para saber com quem se relacionam, o que pensa sobre determinados assuntos, que tipo de ambiente social ele frequenta. Muitos acabam não sendo contratados sem saber que não foram admitidos por extravasar na festa de casamento de seu primo.

Indignados com a possibilidade de perder seu identidade e o domínio sobre suas vidas, alguns programadores desenvolveram uma ferramenta chamada “máquina de suicídio web 2.0” que nada mais é que um programa que deleta de vez qualquer dado disponibilizado em qualquer rede social. O que chamam libertar o usuário  da prisão que é o ciberespaço. Veja o vídeo neste link. O que sem dúvida fica de lição é a responsabilidade que cada um tem ao disponibilizar seus dados ao preencher qualquer formulário de cadastro pois muitas vezes você pode nem saber mas acaba perdendo o direito aquilo que publicou.

Endereços eletrônicos de referência de pesquisa e historias reais das redes sociais:

Relações virtuais retomam a superficialidade interpessoal:

Manual de etiqueta no uso da internet no trabalho:

Campanha política no irã  com foco nas redes sociais e torpedos de celular:

Polêmica das pulseiras começou na Inglaterra e se espalhou através das redes sociais:

Maquina de suicídio virtual:

A ética na web2.0

Ética trabalhista e as redes sociais:

Caso Haiti: Internet como melhor ferramenta de comunicação entre parentes e vítimas do terremoto:


Assista o vídeo que conta sobre como perdemos nossos dados na internet:



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