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Interferência, Intervenção, Interação e internação

Eu sou e parece que sempre fui um pouco resistente a esta coisa de virar blogueira, a princípio acreditei que o blog era só mais um espaço na internet que as pessoas sub-utilizariam, assim como inúmeras ferramentas e plataformas que temos hoje que só contém bobagens sobre a vida alheia, pra expor seus sentimentos e pensamentos! E sempre me perguntei, pra que me expor tanto assim? O que interessa aos outros saber como me sinto? Cada um sente de um jeito, não é? Ai penso, estudo jornalismo, comunicação sempre foi a minha grande área, desde a adolescência, estudei letras por acreditar que a linguagem é a base da comunicação e para chegar no jornalismo seria um caminho interessante, no meio do caminho me mantive ativa, cantando, trabalhando com amigos na organização e divulgação de festas e shows, virei adepta da internet com seu Instant Messengers (desde os primórdios com o ICQ) vi neste meio possibilidades de expandir a comunicação dos eventos, a chance de estabelecer novos contatos, assim depois de ter passado a fase de vestibulanda fui estudar jornalismo. naquele momento já tinha meu perfil no orkut, o multiply que é uma plataforma anterior ao facebook ou até do myspace, pus minha banda lá, criei um blog, dois, três!!

No ano passado fiz parte de uma grande rede que se não fosse a internet não existiria. Fui editora de portal, Coordenei equipes através do MSN, reuniões de pautas e planejamento, enfim a internet passou a fazer parte do cotidiano profissional imensamente e no mundo profissional é estranho ficar expondo problemas e choradeiras, as pessoas querem trabalha. Mesmo quando as relações parecem ser mais humanas, mais pessoais a verdade é uma só: "ema, ema, ema, cada um com seus problemas"sendo assim não consigo conceber este espaço, propício para desabafos. 

Acho bacana quem o faça, mas hoje estas linhas foram traçadas a partir da seguinte situação: Meu avô está morrendo (sem dramas afinal todo mundo morre) mas o que impressiona nesta história é perceber como a trama da vida é muito bem amarrada e desta vida não levamos nada mesmo! Senho Sylvio Luporini, sempre foi o "macho provedor" o homem que sustenta a casa e a família, mantém amantes, bebe, joga e administra seu negócio. O macho que a mulher de hoje não procura mais. É um homem admirável pela sua força e compromisso com o sustento da família, mas um homem que mal soube se expor emocionalmente, ou melhor um homem que não sabia tratar com emoção, ou entender as próprias emoções.

Hoje estou aqui na casa da minha tia Monica, mais uma mulher fortaleza da família, cuidando de meu avo, pai de meu recém falecido pai também chamado Sylvio Luporini Segundo, e vejo que é fato ele esta sofrendo, está confuso, bem desnorteado mesmo! Trocando os dias pelas noites, memória defasada, falta de apetite!!Perdeu-se no próprio centro...e eu aqui do lado pensei, porque não externalizar este momento?

Comentários

  1. é.. você entendeu bem a minha visão de um blog.. sinceramente não é para os outros saberem como me sinto, e sim, apenas uma válvula de escape para o desabafo, para dps ver como mudei, como pensava e penso agora e td mais.. hj em dia, ele serve pra isso.. bom ver que vc tbm faz isso.. amo vc irmã.. =)

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