Macondo Coletivo – Lugar – Circus, iniciativa que movimenta produção e comunicação

Macondo Coletivo – Lugar – Circus, iniciativa que movimenta produção e comunicação

Sarah Mascarenhas |Publicado em 02/12/09 |Laboratório de Tecnologia Digital

Em passagem por Santa Maria, no Rio Grande do Sul para conhecer as iniciativas culturais do país, um coletivo se destaca e trabalha na proposição de políticas públicas culturais. O Macondo Coletivo teve sua origem no movimento estudantil, sempre atuando para estabelecer conexões com a comunidade. Macondo Lugar é a casa onde culminou no coletivo que organiza há mais de 6 anos o Festival Macondo Circus.

Macondo Lugar foi uma casa que surgiu em Santa Maria desde a metade da década atual, com a intenção de dar continuidade nas ações culturais realizadas no período da vida universitária. A proposta deu certo, as atividades aconteciam através das diversas expressões artísticas teatro, música, audiovisual. De repente o grupo se encontrou na situação de ter abdicado das atividades que realizava e dos ideais que acreditava.

Macondo Lugar 

Naquele momento surgiu no contexto local o conhecimento de uma associação de casa de shows, a Associação Casas Associadas Fora do Eixo. Esta associação tem o objetivo de fortalecer a circulação de artistas independentes que aderiam à rede de coletivos conhecida como Circuito Fora do Eixo.

Atualmente o Macondo Coletivo passou de Ponto Fora do Eixo no Rio Grande do Sul para assumir seu papel bem desempenhado na rede ao longo de 2009, como Ponto de referência regional da Região Sul. Assim se comprometem com o propósito de articular e formar mais pontos que se integrem ao Circuito nas diversas esferas, como ponto integrado a rede, de passagem, como parceiro, colaborador, ponto de comunicação, enfim tem a missão de promover o crescimento da rede e a consolidação da região sul. Para entender a forma de integração da rede acesse o blog de difusão de tecnologia.

O Macondo Circus, que acontece a 6 anos, desta vez teve edição ampliada e acontece em praça pública, a Praça Saldanha Marinho, com aproximadamente 20 shows gratuitos. Esta novidade causou impacto no público que costuma freqüentaro evento desde o começo, mas para os organizadores, o reconhecimento de proporcionar à população de Santa Maria uma inserção desta nova forma de trabalhar a cultura era essencial.

Atílio Alencar, coordenador de comunicação do Macondo e responsável pela comunicação do festival, conta que “fomos contemplados pela Lei de Incentivo à Cultura de Santa Maria, e assim é nossa obrigação entregar este resultado à comunidade local, é nossa obrigação devolver este trabalho para a cidade”.

Além da mudança do espaço onde acontece o Circus, o coletivo lançou uma forma diferenciada de cobertura e assessoria de imprensa para o festival. A Cobertura Colaborativa foi idealizada para trazer os estudantes de comunicação mais perto desta nova realidade mercadológica afim de que tivessem esta experiência na formação como profissionais, afirma Atílio.

 

A Cobertura Colaborativa tem seu processo iniciado com a abertura de inscrições para os interessados em ser colaboradores voluntários para a construção colaborativa no processo de produção de conteúdo comunicativo nas diferentes linguagens texto, audiovisual e transmissão da WebRádio Fora do Eixo.

Esta proposta é de fato muito importante nos dias de hoje, pois reflete que as discussões em torno do que é ser jornalista nos dias de internet. Reconhecer o valor das mídias livres e buscar formas de trazer o leitor mais próximo da notícia produzida. Este direcionamento prioriza o trabalho das mídias que não atingem a massa, mas que juntas tem uma voz forte e comunicam quase na mesma medida. Assim os estudantes de comunicação da Universidade Federal de Santa Maria – UFSM praticam novas formas de trabalhar o jornalismo digital.